A verdade existe na contradição: Tantas cabeças cheias de Nadas e tantas cabeças vazias de Tudos.
Na era da informação, informação, informação, informação, informação,…, “vira o disco e toca o mesmo”, temos a cabeça tão cheia de tanta coisa, nem sempre tão indispensável, que o cheio vira Nada e nos falta espaço para o Tudo, aquele Tudo essencial. Vivemos à beira do abismo, com cabeças cheias , que já nem sabem distinguir o importante e necessário, do acessório ou menos prioritário, eliminando-o ou estabelecendo prioridades.
A informação a mais, acaba por ser mais prejudicial que útil, transformando-se em desperdício, pois não é aproveitada. Não é assimilada e processada, promovendo o desenvolvimento de conexões e do pensamento. Pior, esgota o cérebro, interferindo com o seu equilíbrio, a tranquilidade, a produtividade e a criatividade.
Imaginem como se o nosso cérebro fosse um saco de aspirador que está quase no seu limite e por isso o aspirador não consegue aspirar como deve ser e sobreaquece; ou imaginem um carro, sempre em andamento.
Este é o cérebro de cada vez mais adultos e, pior ainda, de um número cada vez mais crescente de crianças. Um número vertiginoso, um panorama preocupante…
E enquanto as ditas cabeças deambulam cheias de vazio, pelo passar frenético dos dias , a vida passa, vazia de tudo.